quinta-feira, 29 de março de 2012


Babosa e hortelã entram na lista de remédios do SUS
Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR 

29/03/2012 | 18h34 | Fitoterápicos





Babosa, hortelã e salgueiro são os novos fitoterápicos a entrar na lista oficial de medicamentos do Sistema Único de Saúde (SUS), publicada hoje (29) pelo Ministério da Saúde. Atualizada a cada dois anos, a lista tem agora 810 itens, como medicamentos, vacinas e insumos.
A babosa é indicada para o tratamento de queimaduras e psoríase (doença inflamatória da pele); a hortelã, síndrome do cólon irritado; e o salgueiro, para dor lombar. Desde 2007, o SUS usa remédios fitoterápicos, que agora chegam a 11. Para entrar no rol, o fitoterápico precisa ser industrializado, ter registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e eficácia comprovada.
A nova relação traz também os remédios finasterida e doxasozina (convencionais) usados contra o crescimento anormal da próstata.
A lista praticamente dobrou, passando de 470 itens, em 2010, para 810, por causa da inclusão dos medicamentos para doenças raras, vacinas e insumos. Antes, eram listados somente os remédios considerados essenciais, utilizados no tratamento das doenças mais recorrentes. Estão na lista os remédios para câncer, oftalmológicos e aqueles usados no atendimento de urgência e emergência, pois constam em outra relação nacional.
O rol é formulado por uma comissão técnica formada por representantes do ministério, da Anvisa, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e de associações médicas.
Para ter acesso a um medicamento da lista do SUS, o paciente deve apresentar receita médica na rede pública. Com base na lista nacional, cada município tem autonomia para fazer sua própria relação de remédios.


Da Agência Brasil


segunda-feira, 5 de março de 2012

Pesquisa estuda benefícios do maracujá como alimento funcional


Pesquisa estuda benefícios do maracujá como alimento funcional

Maracujá previne doenças como tremores, diabetes e problemas cardiovasculares e contribui na regeneração celular


A folha do maracujá é muito utilizada na produção de calmantes e também de medicamentos para controle da ansiedade comercializados no mercado. Muitas espécies silvestres do gênero passiflora têm um potencial ainda não explorado para prevenir doenças como tremores, diabetes e problemas cardiovasculares, além de contribuir na regeneração celular e no controle de obesidade.
Com o objetivo de que esses benefícios cheguem ao consumidor, a Embrapa Cerrados realiza pesquisa que estuda e desenvolve tecnologias para aproveitar o fruto do gênero passiflora como um alimento funcional, ou seja, que gera benefícios para saúde humana.
Para Ana Maria Costa, pesquisadora da Embrapa Cerrados e coordenadora do estudo, é imprescindível avaliar os componentes químicos e nutricionais do maracujá. Através dessa análise, fica perceptível o efeito funcional no dia-a-dia e não apenas no laboratório.
Na pesquisa, são avaliadas quatro espécies diferentes de maracujás nativos do Cerrado, ainda não explorados comercialmente.
Passiflora A - controle de estresse, enxaqueca
Passiflora B - minimiza os tremores dos idosos
Passiflora C - recuperação pós-trauma e regeneração celular
Passiflora D - controle de obesidade e cardiovascular
A validação da pesquisa em humanos já está em andamento e conta com equipes médicas de diferentes instituições brasileiras, como universidades e o Instituto do Coração. Além de revelar a funcionalidade dos frutos, os pesquisadores querem também desenvolver os elos que ligam produtores com interesse em produzir o fruto ao consumidor final.
Desde informações biológicas das plantas (como a polinização da planta e a quebra da dormência das sementes) até o processamento final do alimento pela indústria são avaliados no estudo. Com a alta demanda de pesquisas, foi criada a rede Passitec, que reúne 12 instituições de pesquisa, 40 laboratórios e cerca de 100 profissionais em todo o país.
"Para ser funcional, o alimento deve ser elaborado de forma correta e consumido na quantidade certa para surtir o efeito biológico desejado", explica Ana Maria. Por isso, a equipe da Embrapa Cerrados elabora também produtos a serem industrializados já com a quantidade necessária dos maracujás estudados. São sucos, bolos e até mesmo uma linha de lácteos. Todos eles passam por uma análise sensorial, para garantir que o saudável seja também gostoso.
A partir de três das quatro espécies de passifloras estudadas, foram produzidas receitas de alimentos. Para os pesquisadores, é importante estabelecer parcerias com indústrias interessadas em produzir comercialmente os produtos. Nesta etapa, o objetivo é adaptar as tecnologias e as técnicas desenvolvidas para que elas sejam utilizadas em escala industrial e de forma acessível ao consumidor.




FONTE:

http://www.isaude.net/pt-BR/noticia/4350/foto-saude/pesquisa-estuda-beneficios-do-maracuja-como-alimento-funcional