quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

GINGKO BILOBA NO TRATAMENTO DO ALZHEIMER

14/03


As indicações mais comuns da gingo biloba (Gb), uma planta de origem da Ásia, é o tratamento e a prevenção das condições médicas relacionadas ao envelhecimento, em particular para melhorar a memória, e as funções cognitivas (intelectuais), bem como no tratamento de labirintopatias (zumbidos e vertigens) e cefaléias.

Na Europa (particularmente França e Alemanha) e nos Estados Unidos, os extratos de Gingo Biloba figuram entre os produtos botânicos mais comercializados, embora nem sempre sob a fiscalização de agências reguladoras de saúde e de produção de medicamentos.

A inconstância dos achados dos estudos clínicos que avaliaram a eficácia da Gb, em transtornos (demênciais) tem sido interpretada com base em limitações metodológicas, e também na gravidade da demência das amostras selecionadas.

A partir da constatação da ineficácia Gb na demência grave, o foco dos estudos mais
recentes voltaram-se para os estágios iniciais da Doença de Alzheimer.

Estudo multicêntrico conduzido em 1997 surgiu que o tratamento com Gb 120 mg/dia por 52 semanas, proporcionou benefícios modestos, porém objetivamente detectáveis por testes, em pacientes com demência de Alzheimer e demência vascular em graus variáveis de gravidade clínica, com deficiências cognitivas muito leves ou leves.

Estudo de meta-análise recente realizado por J.Birks e colaboradores, gerontologistas da Universidade de Bristol, Inglaterra avaliaram os trabalhos relevantes sobre a eficácia e a tolerabilidade da Gb, no comprometimento cognitivo e na demência.

Foram incluídos os ensaios clínicos realizados até junho de 2002, sob condições metodológicas adequadas, e constataram que não são observadas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos que tomaram Gb, e placebo no que diz respeito aos eventos adversos.

Mas quanto à eficácia da Gb, os autores dessa revisão da Medicina Baseada em Evidências, tiveram a impressão clínica global que existem benefícios associados ao uso de Gb em doses inferiores a 200 mg/dia por 12 semanas (p < 0,0001), ou em doses superiores a 200 mg/dia por 24 semanas (p = 0,02).

Parâmetros cognitivos, de atividades da vida diária e humor também apontam a superioridade da Gb, em relação ao placebo nas duas faixas de dosagem após 12, 24 e 52 semanas.

Os autores concluíram que a Gb é uma droga aparentemente segura, e sem efeitos adversos significativos em comparação ao placebo, e que existem evidências de que a Gb pode proporcionar algum benefício cognitivo e funcional.

Entretanto, alguns estudos metodologicamente adequados apresentaram resultados inconsistentes, questionando a indicação da Gb no tratamento dos transtornos cognitivos.


Fonte :: Cochrane Database Syst Rev.(4):CD003120

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Alzheimer: Ginko Biloba é fitoterápico indicado



Afinal, um dos principais problemas associados ao mal de Alzheimer é a perda da memória. Claro, nada é mais natural do que relacionar a dificuldade de expressão, a perda da verbalização progressiva à perda da memória. Por isso a ginko biloba tem sido utilizada na clínica geriátrica no tratamento de Mal de Alzheimer. Mas essa milenar árvore chinesa tem tido um resultado muito expressivo na prevenção da falta de memória em geral.

Muita gente atualmente não pensa duas vezes quando começa a esquecer palavras ou a demorar em se articular verbalmente. O que é muitas vezes motivo de brincadeira - "ah acho que estou ficando esclerosada"-pode se transformar, ao persistir o sintoma, em pânico total. Quem não tem medo do mal de Alzheimer e da aterosclerose?

Vendida nas farmácias de manipulação, de homeopatia ou em lojas de produtos naturais sob a forma de folhas trituradas ou de extrato, a Ginko Biloba contem um um bioflavonóide - isto é, um derivado com substâncias que inibem a agregação plaquetária e regula o tônus das micro artérias, garantindo um aumento na vascularização: "Por isso está relacionada com doenças ligadas à memória. Pois aumenta a vascularização cerebral".

Mas e no caso do mal de Alzheimer?

No caso dos pacientes com Alzheimer, a ginko biloba ajuda no tratamento. "É mais um paliativo, já que melhora a nutrição e o metabolismo das células cerebrais", informa o Dr. Alex Botsatis. Ele diz que a planta pode melhorar um pouquinho o quadro dos pacientes com Alzheimer, mas nao impede a evolução da doença. Já no caso da Aterosclerose, ela pode até interromper a evolução da doença ou retardar a sua progressão.

Ainda um antioxidante poderoso ele previne todos os danos causados pelos radicais livres, como câncer, e tem um efeito vaso dilatador estupendo. É bastante eficiente no tratamento de pessoas com problemas de irrigação sanguínea, ou com uma doença chamada claudicação intermitente (entupimento de uma artéria que nutre os membros inferiores, isto é, as pernas), tem também uma função anti- alérgica, podendo atenuar a asma e outros problemas respiratórios. E, ainda, pode ser usada nas fragilidades vasculares - casos em que vasos se rompem com facilidade - e para varizes. Em geral, associada à castanha da índia neste caso. E promove a renovação celular.

Do tempo dos dinossauros

A ginko é uma planta chinesa que vem, segundo a literatura esotérica, da árvore mais velha do mundo, que tem cerca de 250 milhões de anos de existência. É, portanto, anterior à existência dos dinossauros. Diz-se que é um fóssil vivo. É considerada pelos templos budistas uma árvore sagrada tanto na China como no Japão. Redescoberta nos tempos modernos, a Ginko biloba sempre foi uma das mais importantes plantas curativas na área da medicina ecológica. Medicina esta tão velha quanto o gênero humano, desenvolvida ao longo dos tempos através de conhecimentos adquiridos no dia a dia, transmitidos de geração a geração e que volta à cena neste novo milênio.

Fonte: Artigos, Salutia